Com a pandemia do COVID-19, os planos de viagem ficaram para depois, já que vários dos países mais procurados pelos brasileiros nas férias estão com restrições de entrada para estrangeiros, sendo os Estados Unidos o principal deles.
Após os vários meses de controle do vírus, algumas fronteiras estão agora mais flexíveis, enquanto outras endureceram as regras.
A empresária Cristina Alves conta que precisou cancelar uma viagem internacional por conta das restrições. “Eu iria para a Alemanha nesse ano, ver minha irmã que mora por lá, mas a entrada de brasileiros (turistas) está barrada, então os planos ficaram para 2021”, conta.
De acordo com Cristina, não foi uma decisão difícil: “era o melhor a se fazer, para segurança de todo mundo, incluindo a minha. Mas, não tem como negar que foi chato ter que desistir da viagem que planejei por tanto tempo”.
E ela não foi a única, milhares de brasileiros sofreram com o cancelamento de viagens em 2020, devido às restrições de entrada para evitar a propagação do vírus COVID-19. Assim, as férias precisaram ser adiadas.
Entretanto, com as pesquisas da vacina perto da conclusão, e países como o Reino Unido começando a vacinar a população, esse cenário tende a mudar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia a adoção de um certificado eletrônico para quem for imunizado, tornando o processo de viagem mais prático e seguro.
Enquanto isso ainda não é uma realidade para todos os países, alguns adotaram outras formas de garantir a segurança dos viajantes e residentes.
Muitas nações já permitem a entrada de brasileiros para turismo, com regras específicas de cada local, como exigência de exames e documentos comprobatórios, quarentena obrigatória de 7 a 15 dias, e até mesmo a realização de um novo teste de COVID-19 ao chegar no aeroporto.
Com a chegada do final de ano, muitas pessoas não vão deixar de viajar nas férias, mesmo que demande mais cuidados. É prevista uma alta demanda de viagens internacionais, e nacionais, entre dezembro e janeiro.
O palestrante Alexandre Slivnik realizou diversas viagens a trabalho em 2020, (inter)nacionais, e afirma que se sentiu seguro em todas elas, “absolutamente todo mundo usando máscara no voo inteiro (…) meus filhos também viajaram e se sentiram seguros”.
Para ele, com todos os cuidados é possível aproveitar as férias “eu recomendaria para as pessoas viajarem, quem tem essa liberdade de ir e vir pode viajar sem problema nenhum”.
A seguir estão os países que permitem a entrada de residentes do Brasil e quais são as normas securitárias em cada um:
América do Norte
No continente, o único país com fronteiras totalmente abertas é o México, que não tem nenhuma restrição à entrada de estrangeiros.
Os EUA, país acostumado a receber turistas brasileiros nessa época do ano, não permite a entrada de pessoas que chegam do Brasil, a não ser que essas sejam residentes americanas.
Porém, brasileiros sem residência podem entrar, contanto que comprovem que estiveram fora do Brasil há no mínimo 14 dias. Por isso, muitas pessoas estão optando por viajar até o México, passar duas semanas no país, e dali partir para os EUA.
No Canadá, os visitantes não podem entrar. Apenas moradores do país, cidadãos australianos ou quem fará alguma viagem essencial, como exigências médicas e estudantes.
América do Sul e Central
Alguns países permitem a entrada de visitantes que apresentarem um teste negativo da COVID-19 com menos de 72h de realização, como a Bolívia e o Equador.
Outros lugares pedem documentos específicos: em Cuba e no Peru, o documento extra é a declaração de saúde do viajante.
No Chile, é necessário apresentar passaporte sanitário e apólice de seguro saúde. Já na Colômbia, é preciso preencher o formulário Check-Mig.
A falta de documentos de comprovação como o teste e os formulários podem levar à quarentena compulsória em alguns desses países.
Europa
A Europa é um dos continentes com mais restrições para entrada, muitos países ainda proíbem a viagem de brasileiros, permitindo apenas para situações essenciais.
Ainda assim, apresentando um teste de COVID-19 negativo e preenchendo alguns formulários é possível entrar e visitar a Irlanda, o Reino Unido e a Sérvia. Mas, ao entrar nos países, qualquer pessoa está sujeita à quarentena compulsória, caso seja exigido.
África
As mesmas regras de apresentação de teste negativo para Covid-19 se aplicam a alguns países africanos, como Cabo Verde, Egito, Gana, Nigéria e África do Sul.
Em todos os casos, pode ser solicitado um novo teste negativo ao chegar no país, que será feito no próprio aeroporto. Caso o resultado seja positivo, a entrada será negada e a pessoa deverá cumprir o isolamento.
Ásia
A Ásia tem pouquíssimos países com fronteiras abertas, são apenas três que aceitam a entrada de brasileiros. Assim como todos os outros destinos, é necessário mostrar um teste negativo para COVID-19.
Os países que aceitam a entrada de turistas são Maldivas, Paquistão e Taiwan, onde é preciso pedir autorização do governo antecipadamente.
Oceania
Nenhum país da Oceania está com fronteiras abertas para turistas. Apenas casos de viagens essenciais ou retorno de cidadãos residentes são permitidos na região.
Cuidados após a viagem
É essencial manter os cuidados não só durante a viagem, mas ao retornar ao Brasil, também. Principalmente para aqueles que estiveram em países com números altos em casos de COVID-19.
Médicos recomendam realizar um teste do vírus de 3 a 5 dias após a volta, além de permanecer em casa por no mínimo 7 dias.
É indicado, se possível, que esse isolamento seja feito até por aqueles que obtiverem resultados negativos no teste.
Se houverem outras pessoas na mesma residência que não viajaram, o mais aconselhado é evitar contato e usar máscara, mesmo dentro de casa, por 14 dias.
Antes de decidir viajar ou não, confira o vídeo d’O Nego Viaja com mais informações sobre viagens internacionais durante a pandemia e se vale a pena ou não: