Universidades fechadas e isolamento obrigatório. Essa frase não parece ser o tipo de definição que ouviríamos de um estudante que escolheu Orlando como lugar para concluir sua graduação, mas a realidade mudou. Com as atuais indicações que os Estados Unidos pode ser o novo epicentro da pandemia do novo Coronavírus, o COVID-19, cidades inteiras mudaram sua rotina para evitar a contaminação. Já foram confirmados 4.768 casos em toda a Flórida e 60 mortes.
Para compreender como a cidade dos sonhos está se comportando diante desse novo problema, conversei com Carolline Mecca Sampaio, 23, estudante universitária de Design de moda. Apesar da escassez de alguns alimentos e água, Carolline ainda acredita que Orlando está mais acostumada a lidar com uma gestão de crise.
O Nego Viaja: Orlando é conhecida como a cidade da fantasia, como está o clima na região uma vez que os parques estão fechados?
Carolline Sampaio: O clima é de quarentena. Ruas vazias, shoppings vazios, parques fechados. A magia terá que esperar para preservarmos vidas.
ON: Houve alteração no abastecimento dos mercados? Se sim, de quais produtos sentiu falta?
CS: Eu fui no mercado duas vezes para fazer compras e a grande diferença é que aqui eles estão acostumados com gestão de crise pelo fato de praticamente todo ano ter furacão. A cidade fica em estado de alerta, mas, ainda sim, as prateleiras ficam vazias.
A primeira medida sempre é limitar o numero de água que as pessoas podem comprar, geralmente 2 engradados por pessoa. Na segunda vez que fui ao mercado, pude comprar apenas 1 engradado, devido a grande escassez.
Ovos também viraram raridade, tinha apenas alguns da marca mais cara, ou seja, paguei 6 dólares em uma caixa. Ouvi falar que faltava leite, mas encontrei nos mercados que fui. A variedade de carne era bem pequena.
ON: Como as autoridades em Orlando estão atuando para contenção do vírus?
CS: A cidade estabeleceu um toque de recolher no período da noite, as autoridades estão monitorando. Vejo que os estabelecimentos estão agindo conforme o determinado. As empresas de água e luz deram uma nota dizendo que não cortariam nada por falta de pagamento, acredito que Orlando está mais acostumado a gerenciar crises dentro de um estado de emergência que o Brasil.
ON: Como o corona alterou a rotina de vida dos seus amigos brasileiros?
CS: Tenho muitos amigos com rotinas bem diferentes. Estou aqui como estudante e tenho o privilégio de ter uma condição financeira boa para ficar tranquila em uma quarentena, porém não são todos que estão desse jeito: quem não tem serviço, não tem pagamento. Quem tem uma reserva está lidando bem.
Assim como no Brasil, algumas empresas estão demitindo muitas pessoas, então tanto brasileiros como americanos, estão apreensivos.
ON: O que mudou nos aeroportos desde o surgimento da epidemia?
CS: Vejo que muitos voos foram cancelados, inclusive tenho uma amiga brasileira que está “presa” no Brasil, pois seu voo de volta para Orlando está cancelado e sem previsão de remarcar. Todos os voos para Europa, tanto para entrar como para sair, foram cancelados.
ON: A imprensa daí fica falando de corona o dia inteiro como no Brasil?
CS: Eu sou daquelas pessoas que não assistem TV. Mas sim, ficam o dia inteiro falando sobre o assunto.
Orlando e Coronavírus: o olhar de uma brasileira
Universidades fechadas e isolamento obrigatório. Essa frase não parece ser o tipo de definição que ouviríamos de um estudante que escolheu Orlando como lugar
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