O ano de 2020 pegou todos de surpresa, incluindo os viajantes. Por conta da pandemia do COVID-19, a maior parte dos países adotou restrições para evitar o contágio da população, como o fechamento das fronteiras e das atrações locais. Quem possuía planos de férias se viu em uma situação complicada, com a escolha entre cancelar ou remarcar as passagens para outro período.
As leis foram ajustadas para acompanhar o momento, tornando menos burocráticos os sistemas de cancelamento e adiamento das viagens.
O governo brasileiro decretou que todos os consumidores têm o direito de alterar as passagens caso as restrições não permitam que o viajante entre no país ou se o voo for cancelado.
Em ambos os casos, a pessoa terá direito ao reembolso do valor da passagem sem multas, convertido em crédito para realizar outra compra. Essas medidas foram prorrogadas até outubro de 2021.
Para algumas pessoas foi uma tarefa fácil, como prevê a lei. No grupo do Facebook “O Nego Viaja Califórnia” e no Instagram @onegoviaja recebemos inúmeros depoimentos sobre a experiência de remarcar as viagens.
Em consenso, o processo de mudança foi mais prático com as empresas LATAM e Copa Airlines, de acordo com nossos leitores. “Remarcamos pela Copa. Super tranquilo, só demora para atender porque tem pouca gente”, contou Carla Melicia.
As empresas Gol, Decolar e Aerolíneas Argentinas apresentaram maior resistência, como revelou Daniel Oliveira. “Remarcação até dezembro de acordo com a Gol, esqueci e sumiu o valor (…), não sou atendido”, disse.
Outra seguidora, Adriane Veiga, contou que foi uma experiência frustrante remarcar, “pela Decolar é praticamente impossível, fui direto na LATAM de Guarulhos”.
Essas situações acontecem porque, mesmo com as leis, cada companhia possui regras diferentes em relação à flexibilidade, tornando o processo mais complicado e burocrático. Ainda assim, muitas empresas oferecem a possibilidade de acordo para o consumidor não se sentir lesado.
Complicações entre a companhia e o consumidor podem ser levadas à Justiça para buscar resolução.
Quem decidiu remarcar as passagens passou por outro momento complicado — decidir para quando adiar as férias. Mesmo com o avanço das vacinas e alguns países começando a imunização, ainda é cedo para prever quando poderemos viajar novamente.
Com um cenário tão incerto, a maior parte das pessoas optou pelo período de um ano, passando o sonho para 2021. As expectativas de grande parte dos leitores é que neste período seja possível dar continuidade aos planos de férias.
Algumas pessoas, como Amanda Schreiber, preferem cautela no planejamento. Ela contou que está ansiosa para continuar as reservas, mas sem previsão para abertura das fronteiras, está aguardando um cenário mais favorável.
É o mesmo caso da Juliana Chagas — “minha viagem era para abril de 2020. Cancelamos e ainda não remarcamos, pois, não estamos muito confiantes”, disse.
Ainda assim, muitas pessoas mantiveram os planos para 2021, considerando as novidades em imunização e as restrições mais leves.
No grupo do Facebook, Monica Santos contou que sua viagem inicialmente seria feita em abril de 2020. “Remarquei para o mesmo período em 2021. Torcendo para abrirem as fronteiras, os parques e pela vacina! Não gostaria de cancelar novamente”, é o que a mesma espera.
Há também quem preferiu adiar as férias para o final do ano. Polyana Mansur conta que remarcou sua viagem para outubro, “já estamos sonhando novamente”.
Todos os depoimentos recebidos nas redes sociais possuíam um desejo em comum: retomar as viagens o mais rápido possível, com segurança.
Cientistas e governantes, assim como a comunidade médica, ainda não tem previsão para quando será possível voltar a viajar pelo mundo sem restrições. O esperado é que só após a imunização em massa da população isso seja uma realidade.
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